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Arquitetos: Nasjleti Arquitectos
- Área: 210 m²
- Ano: 2023
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Fotografías:Gonzalo Viramonte
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Fabricantes: Hunter Douglas, Alhua, Aluar, Arena, Ariston, Deca, EGGER, FV, Holcim, Ilva, JOHNSON ACERO, Lepen, Mapei, Peirano, Peissa, Portobello, Purastone, Roca, Samsung, VASA, +3
Descrição enviada pela equipe de projeto. Situada nas Sierras Chicas, na província de Córdoba, Argentina, num terreno rodeado pela majestade do bosque autóctone e com um imponente declive, a arquitetura surge para contemplar e homenagear o meio envolvente. Um profundo respeito pela natureza e pela sua biodiversidade foi a bússola de todas as decisões de projeto, da forma de acesso à localização da casa, que, tendo em conta a topografia, se situa no terço médio do lote para aproveitar todos os seus benefícios: a vista, a vegetação, a luz solar e o vento. O objetivo não era apenas construir uma casa, mas integrá-la harmoniosamente no próprio tecido da topografia, tirando partido de todas as ondulações do terreno para criar múltiplas experiências em espaços exteriores com características diferentes.
O cliente pretendia uma casa pequena que aproveitasse os espaços e se adaptasse à topografia. Uma casa que captasse as vistas da paisagem e tirasse partido das melhores orientações. Espaços integrados e flexíveis, a cozinha associada à sala de jantar e de estar para facilitar o desenvolvimento da sua vida social.
A própria arquitetura torna-se uma narrativa visual cativante. A procura de equilíbrio entre a solidez da construção tradicional e a leveza etérea da construção a seco confere dinamismo à obra. Os serviços, ancorados na alvenaria que se funde com a terra, fornecem uma base sólida para a estrutura metálica de perfis em "W" que se desdobra de forma modular ao longo do terreno, culminando num elegante cantilever que se ergue como um miradouro, um observatório privilegiado das vistas circundantes. Este último contém os espaços sociais, orientados para noroeste, procurando otimizar a iluminação e a ventilação naturais.
A materialidade, meticulosamente selecionada, sublinha a dualidade funcional de cada espaço. Casas de banho, cozinha, lavandaria e arrumos apresentam-se como volumes simples, com reboco branco e vãos modestos. Em contrapartida, a sala de estar, a sala de jantar e o quarto principal são envolvidos pela estrutura metálica, revestida a chapa metálica num tom cinzento escuro que contrasta com a solidez da construção tradicional, enquanto as suas grandes janelas se tornam telas transparentes que ligam o interior à natureza envolvente.
Uma sucessão de terraços meticulosamente desenhados convida os moradores a desfrutar do ar livre, transformando a paisagem num palco vivo. A arquitetura dialoga com a natureza através da utilização de muros de betão e gabiões que, preenchidos com pedra local, evocam as montanhas e destacam as árvores autóctones. A incorporação estratégica de plantas das serras cordovesas, como as graciosas Gramíneas e as imponentes Cortaderas, ajudam a enquadrar estes espaços. No primeiro, um jardim; no seguinte, a chegada; no terceiro, uma ampliação da galeria e da casa; e no último, a piscina e um bosque. A casa ressoa em harmonia com a natureza, celebra a beleza do ambiente e a capacidade humana de se integrar com graça e respeito na tela natural que a rodeia.
